quinta-feira, 27 de maio de 2010

A importância do ato de ler e escrever

Nos dias atuais, com a evolução da tecnologia, principalmente com os computadores, celulares e a internet, o mundo da informação se dinamizou e se modificou de forma que se torna difícil acompanhar a evolução do que é produzido e publicado no campo da informação.
Devemos lembrar sempre que nem tudo que é publicado no campo da informação, principalmente na internet é confiável. Pois, muitas vezes, não se sabe de qual fonte foi encontrada, construída e publicada determinada informação.
O ato de ler se torna muito mais importante nos dias de hoje, pois todo mundo diz que se deve ler. Mas ler o quê? Paulo Freire diz que o ato de ler é uma prática revolucionária. Pois dependendo do que se lê, pode transformar sua vida ou simplesmente te deixar mais profundamente alienado. Alheio as grandes discussões que se fazem nos campos políticos, econômicos e sociais.
Imagine o que pode acontecer, principalmente com aquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de aprender a ler e escrever. Ficam relegadas a ouvir e reproduzir o que os leitores mais apaixonados lêem. Os leitores que são detentores das mídias oficiais ou as representa. Que defendem os interesses dos grandes industriais, dos grandes latifundiários, dos grandes empresários. Que muitas vezes atribuem as dificuldades econômicas, políticas e sociais a um povo que não estudou, não se formou, e que não se prepara para o mercado de trabalho. Em suma, povo preguiçoso que não está preparado para a competição no mercado de trabalho.
É por isso, que Paulo Freire nos convida a fazer leituras críticas. Leituras que nos possibilitem ver as contradições existentes nos campos políticos, econômicos e sociais. Entender que a classe dominante desse país tem projetos para continuar dominando. Que vai continuar rotulando os menos favorecidos de preguiçosos, incompetentes, incapazes. Precisamos entender que muitas vezes não são dadas aos menos favorecidos as mesmas ferramentas e condições que os filhos das classes dominantes possuem para conquistar espaços na seara social.
O capitalismo democrático, com suas bases de competição desenfreada, se disseminou no mundo como a panacéia, a cura para todos os males. O neoliberalismo dizia que a competição saudável seria o meio mais adequado para se consolidar a liberdade e a solidariedade. O que se vê ao redor do mundo são a exclusão, fome, guerras e a miséria que assolam populações e povos inteiros. Não é a incompetência individual que causam estas sortes de sofrimentos. Mas o egoísmo humano!
Paulo Freire nos diz que a leitura do mundo antecede a leitura da palavra. É nesse mundo capitalista e democrático que se encontram todas estas contradições. Se a experiência do Socialismo no leste europeu não funcionou, o capitalismo democrático tão propalado, com suas sucessivas crises, que não quer intervenção do estado, mas que pulveriza os recursos de nações pelo mundo, também não dá certo.
Precisamos, por meio do ato de ler, modificar o paradigma social existente. Que meia dúzia de egoístas arrogantes insistem em propalar. Precisamos através da leitura, construir uma nova sociedade. Mais humana, mais solidaria, mais pacífica. Sociedade esta em que o prazer e a felicidade não exista apenas nos belos discursos da TV, mas uma sociedade em que eu tenha orgulho de colocar meus filhos para viver!

Nenhum comentário:

Postar um comentário