Os jovens nos dias de hoje estão muito diferentes do que éramos devido a diversos estímulos que recebem das diversas mídias como TV, internet, música, etc.
Estes estímulos os conduzem a uma vida mediata, de holofotes, de rapidez para usufruto da vida e do que a sociedade produz. Os colocando diante de padrões sociais disseminados pelas mídias e, muitas vezes, pela sua falta de maturidade não conseguem fazer um discernimento critico ao que estão sendo submetido socialmente.
Com esse quadro encontramos nossos jovens e crianças das categorias sócias menos favorecidas economicamente, diante do dilema do consumo exacerbado de bens matérias e culturais bastante mediatos. Tudo tem que ser aqui e agora, pois é a febre do momento. Pois a tecnologia se reproduz e se aperfeiçoa muito rapidamente e a sociedade, a escola e as famílias têm dificuldade para se adaptarem a isso.
Analisando de forma minuciosa esse quadro. A escola, para conduzir a criança a produzir o fruto com seu próprio trabalho leva bastante tempo, porém são frutos perenes que duram para toda a vida.
Mas no momento de crise de valores de identidade, que a sociedade “de levar vantagem em tudo”, está vivendo, o jovem se encontra encurralado sem poder consumir exacerbadamente seu elixir diário que são os produtos materiais e culturais.
Nessa perspectiva, se revoltam com suas famílias, por não poderem lhes propiciar a condição necessária, para usufruto do objeto do desejo. Em seguida, se revoltam consigo mesmo, por terem nascido naquela família. Resultado dessa revolta, muitas vezes, é a autopunição, como por exemplo, a falta de dedicação aos estudos, uso de drogas, uso da violência como forma de justificar os meios, roubos, furtos. Revolta contra as instituições. Depredação do patrimônio publico, gravidez precoce, etc. Resultado, famílias desestruturadas.
Gastam-se fortunas em todas as nações para combater o tráfico de drogas. Mas os governos desconhecem que a prevalência desses transtornos só ocorre porque o “Eu” é malformado, não tem filtro psíquico, não assume seu papel de autor da sua própria historia. Percorrerá caminhos que não escolheu. Terá atitudes que não programou. Não saberá fazer suas escolhas. Será um eterno menino (CURY, 2008).
Diante desse cenário, vale fazer qualquer coisa para conseguir de forma rápida e objetiva as coisas para o sustento físico e mental. Consegue levar vantagem e dinheiro para consumir o objeto do desejo e consumir algum tipo de droga para poder aliviar a tensão, o cansaço, o estresse e principalmente o vazio que essa vida de consumismo rápido e de usufruto de tudo implica. A busca incessante pelo prazer é intensa, mas o jovem, não percebe que tudo isso é momentâneo e destrutivo.
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